quinta-feira, 30 de julho de 2009

Textos sem solução, nevoeiro e projecções…

Vezes e vezes sem conta que já passei os olhos, o juízo e o coração por aqueles textos e continuo sem perceber o mínimo de toda a questão. Será que sou eu que sou burro e não entendo, será esta situação complexa demais para se perceber ou será que nem a própria pessoa que os escreveu entende? Parece-me a mim que são três possibilidades/resposta muito válidas visto tudo o que já se passou. Ou então está mesmo feito para não se perceber, mas porque continua isto a acontecer? Porque não se traça um rumo definitivo e acaba todo este imbróglio, dúvida e sofrimento? Não sei mesmo o que dizer, ou talvez saiba mas restrinjo-me a não opinar visto não ter nada a ver com isso mas o que é certo é que me afecta, ui se afecta…. Mas isso nada importa. Parece ser simples de resolver mas compreendo que não o seja visto todo o turbilhão de sentimentos que está misturado com isto tudo, incluindo a razão. Sim a razão, e essa é complicada. Penso que se seguir os instintos básicos de necessidade se consegue resolver isto tudo. Penso que se conseguir chegar á conclusão do que é ser feliz, facilmente vai descobrir o caminho para esse fim, e esse caminho está bem em frente dos olhos mas como já dizia uma amiga minha e com razão “o maior cego é aquele que não quer ver”, pura verdade. Ou será por existir um “nevoeiro” em volta de todo este assunto? Nevoeiro de duvidas, opiniões, incertezas que não deixa ver o que claramente se vê sem a existência disso mesmo, e que dificulta a mais fácil das acções e opções? Nevoeiro que consegue ser rapidamente dissipado se nos ouvirmos a nós próprios juntamente com a razão bem presente na decisão porque sem ela, essa decisão, torna-se algo perigosa para a nossa felicidade.
Vezes e vezes sem conta que já passei a inteligência, o sentimento, a vontade e o querer por aqueles textos e por todos os episódios ocorridos e continuo sem perceber o mínimo de toda a questão.
Arrasta-se esta situação á muito tempo. Arrasta-se como se de um ferido moribundo se tratasse, sofrendo em silêncio buscando o fim desejado mesmo sem saber no que consiste esse fim. Já se arrasta á tempo mais que suficiente e como em tudo chega uma altura em que dizemos “basta!” mas essa altura já foi ultrapassada e mesmo assim se continua, qual masoquista.
Vezes e vezes sem conta dou por mim deitado na minha cama a olhar para o tecto sem sono e a “projectar” no mesmo, toda a situação e as voltas possíveis e imaginárias misturadas com tudo o que quero, mas não passam de isso mesmo, “projecções” e divagações da mente ensonada.
Ou será que tudo não passa de um pesadelo repetitivo?

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