quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Mensagem...

Quero desejar a todos os seguidores deste blog, um Natal muito feliz na companhia dos que mais amam. Especialmente nesta época vamos-nos lembrar que os melhores presentes não são aqueles que se conseguem tocar com as mãos mas sim aqueles que se tocam com os corações e são muito mais baratos e facil de oferecer porque não precisam de embrulho.
Votos de um Feliz Natal para todos extensível a todos os vossos familiares.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Carrocel...

Sim, é isso mesmo... um carrocel. Algo que se move sobre algo, subindo e descendo vertiginosamente. Mas neste é diferente, as partes baixas são mais que as altas normalmente seguidas por esta ordem mas de tamanho bem diferente umas das outras, e que diferença... É um carrocel complexo e confuso porque há muita coisa que não percebo e as que percebo custam-me muito a entender mas pronto, não faço isso motivo de discussão, até um certo ponto. Sinto-me vazio, incompleto e insatisfeito. Nesta viagem esperava muitos sentimentos e sensações diferentes das que sinto na maior parte dela. É certo que pensei em ser capaz de fazer tudo para sentir o contrário, obviamente esperando a ajuda da outra parte, mas isso não aconteceu e neste momento nem sei o que sentir. Nunca pensei ouvir certas palavras vindas de quem mas proferiu,mas isto é mesmo assim e tenho que aceitar, que remédio tenho eu?

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Estado de felicidade...

Várias vezes dou comigo a pensar em como é bom amar-te e ter-te a meu lado, como é bom ter tido a sorte de o meu coração te ter escolhido para seres a fonte da minha felicidade e alegria, como é bom falar contigo todos os dias, partilhar contigo os acontecimentos da minha vida, ouvir a tua opinião e conselhos, dar-te na mesma moeda e sentir que aos poucos com estes pequenos “nadas” estamos a construir algo bem grande, com alicerces fortes sobre uma rocha sólida que nos dá toda a estabilidade desta nossa construção. Adoro os nossos momentos, conversas e loucuras porque é isso tudo que faz crescer o que dentro de cada um de nós existe em relação ao outro. É bom sentir a tua existência e somente esse facto torna-me muito feliz, e quando essa existência está a meu lado, torna-me duplamente feliz. Todos os sentimentos que me fazes sentir têem um sabor único que até aqui não tinha descoberto. Com este pequeno “desabafo” quero apenas dizer-te que sou muito feliz contigo, agora mais que nunca porque vejo perfeitamente tudo a caminhar e a evoluir como desejamos, e tu sabes que isso nos faz muito felizes. Quero-te muito, hoje mais que ontem e menos que amanhã…

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Dia de Chuva...

Hoje acordei com o som da chuva a bater na janela, e como isso sabe bem. Até parece de propósito. Identifico-me com o dia de hoje: triste, frio, cinzento e inconstante. Certamente apetecia-me sentir diferente mas a verdade é que ultimamente não tenho tido motivos para me sentir de modo contrário, como um dia de sol, mesmo que o deseje. Esperei ultimamente que tudo mudasse ao longo do tempo, com o passar do mesmo, mas como me enganei. Tenho esperança que no futuro isto mude mas até lá resta-me fazer o que tenho feito até aqui: esperar. Ninguém tem culpa de nada e sei que fui avisado, mas não consigo evitar de me sentir assim como este dia de chuva... Quem sabe se depois de um dia de chuva não virá um dia de sol? Vamos esperar pelas previsões do boletim meteorológico.

domingo, 22 de novembro de 2009

Um sentimento em forma de momento...

- Olha, diz-me o que é que se passa contigo hoje - Disse a colega dele ao vê-lo em baixo e com um triste olhar no infinito.
- Não te preocupes. Há dias menos bons, só isso - Respondeu ele.
- Pois, deves pensar que te conheço desde ontem mas tudo bem, compreendo que não queiras falar disso.
Sentia-se com falta de forças para continuar nesta dura conquista rumo á felicidade mútua, sua e de quem gostava. Um sentimento de tristeza e desilusão toldava-lhe o espírito e o coração, e como isso era duro e o deitava abaixo. Via uma situação a arrastar-se por tempo indeterminado e, pela primeira vez em muito tempo, pensou mesmo que não teria o fim desejado. “Meu Deus, por favor ajuda-me” pensou ele inúmeras vezes repetidamente. “Que mal fiz eu para merecer tal castigo? Não aguento mais e as minhas forças estão no fim”. O seu olhar triste fitava os papéis em que trabalhava mas ele não estava realmente a ler os mesmos ou a tentar perceber do que neles se tratava. Estava sim a pensar nela como sempre. Na pessoa por quem ele lutou durante tanto tempo continuamente e que desejava para si. Pensava naquela pessoa que durante essa semana quase não viu a não ser quando lhe foi oferecer flores ao trabalho e quando ela lhe fez uma surpresa no seu trabalho, ao aparecer sem ele esperar. Apesar disso, ele sentia tanto a falta dela, sentia saudades, precisava de a ver, de estar com ela, do seu sorriso, do seu abraço… Ela sabia o motivo porque ele se sentia assim mas sentia-se impotente para mudar isso e fez de tudo para o animar, mas sem resultado. “Ainda bem que hoje é sexta-feira. Saio do trabalho, enfio-me na cama e espero que amanhã me sinta melhor” pensou ele para consigo mesmo. Entre os seus pensamentos e o pouco trabalho que conseguiu fazer , reparou que eram horas de ir jantar. Vestiu o casaco e saiu em direcção ao seu carro.
Depois de descer a rua onde trabalhava e de entrar no carro estacionado uns metros mais abaixo, deu consigo a pensar em ir passar o fim-de-semana a Lisboa com um dos seus melhores amigos mas essa vontade caiu por terra ao pensar que estaria lá a namorada dele e não queria ser inoportuno.
- Alguma coisa se há-de arranjar. - Disse baixinho enquanto um carro atrás dele lhe buzinava por o sinal estar verde e ele não andar.
Entretanto chegou a casa, jantou e sentou-se a ler o jornal diário para se distrair e passear a mente pelas tristes noticias que eram escritas no mesmo. “Isto são só desgraças” pensava ele quando o telemóvel tocou. Nem foi preciso olhar para o mesmo para perceber que era ela quem lhe ligava. Sabia-o pela música que tocava e que tem um título irónico para a situação. “Lucky” era a música que ele lhe atribuíra cada vez que ela lhe ligava. Levantou-se, dirigiu-se para o quintal e atendeu.
Estiveram a falar pouco tempo. Pouco demais, comparado ao que normalmente falavam, cerca de uma hora e três quartos ou duas horas. O “Record” cifrava-se pelas duas horas e dez minutos e que só terminara devido ao cansaço dela e ao facto de se ter que levantar cedo para trabalhar. Ela nesse dia tinha ido á capital com uma colega assistir a uma conferência da área dela e estava a dizer-lhe como tinha corrido, mas pela sua voz, ela reparou que ele não estava bem. Puxou o assunto e ele respondeu-lhe. Falou-lhe da tristeza que existia dentro de si e de qual era o motivo. Disse-lhe o que sentia e o que lhe pairava na mente e no coração. Ela percebeu que estava muito magoado com toda a situação. Depois de falarem muito pouco disse-lhe: - Quando saíres do trabalho diz-me qualquer coisa, se quiseres.
Aquela parte do “se quiseres” atingiu lhe o coração como um raio.
Ele respondeu:
- Quase de certeza que não irei sair, mas se for eu digo-te, fica descansada.
- Ok, fica bem. Tchau - Respondeu ela secamente desligando a chamada.
Ele depois disto, ficou a olhar em seu redor mas com o olhar fixo num ponto ali perto, e com a mente bem longínqua. Estava no quintal de sua casa. Levantou a cabeça, olhou para o céu estrelado, suspirou fundo e voltou para dentro de sua casa para terminar o jantar e voltar ao trabalho.
Eram por volta das 22 horas quando estava a sair, apesar de desde as 21 horas estar despachado mas ter ficado a fazer tempo para adiantar algum trabalho e não sair muito antes da hora habitual. Pensou naquela conversa que tivera com ela durante todo o tempo desde que terminou a chamada. Pensou seriamente em ir para casa e deitar-se com fé que tudo aquilo passasse com o sono, mas não. Resolveu mandar-lhe um SMS para ver o que ela respondia.
“Estou agora a sair do trabalho. Então que estás a fazer?” escreveu ele e enviou.
A resposta chegou pouco tempo depois:
“Estou em casa sentadinha no sofá a ver T.V. Queres vir cá ter?” Nesse momento teve vontade de lhe dizer que não, que iria para casa dormir, como tinha pensado mas… aceitou o convite, não sabe bem porque o fez mas aceitou. Ou será que sabia porque o fez?
Passado alguns momentos, enquanto conduzia, sentiu vontade de declinar o convite e levar avante a vontade que até á momentos tinha como quase certa e até chegou a pegar no telemóvel para lhe mandar uma mensagem a informa-la disso mesmo, mas voltou a colocar o telemóvel no sítio dele e continuou em direcção a casa dela. Ao chegar aquele sítio que já lhe era familiar parou o carro, desligou o motor e pensou: “Ainda estás a tempo. Se não for agora já não há volta a dar”. Aquela enorme tristeza que o assolava não o deixava avançar confiante e ás ordens do sentimento que existia no seu coração e não percebia porque ainda hesitava numa oportunidade de ouro como aquela para estar com a pessoa que gostava mas que tanta tristeza lhe fazia sentir naquele momento. “ Se vim até aqui é porque Deus assim o quer, e eu confio n´Ele”.
Saiu do carro, fechou-o e atravessou o campo relvado de um lado ao outro até chegar á entrada da casa dela. Subiu os degraus, tocou á campainha e esperou. Surgiu uma voz familiar a perguntar:
- Quem é?
Ele respondeu: - Sou eu.
A porta abriu-se e ele entrou. Ao olhar para cima viu-a no cimo das escadas de pijama vestido. Nunca a tinha visto assim vestida de pijama mas gostou e reparou que lhe ficava muito bem.
- Fogo, pregaste-me cá um susto!
- Porquê?
- Porque como estava á espera que me mandasses mensagem quando chegasses, pensei que fosse alguém que vinha cá.
- Não. Sou mesmo eu - Respondeu ele enquanto subia as escadas.
Chegou ao cimo das escadas e cumprimentou-a como era habitual, com dois beijos na face. De seguida dirigiram-se para a sala que já conhecia bem e ele entregou-lhe dois livros e duas cartas que escrevera.
- Está aqui o teu livro que já li e o outro livro que me ofereceste. Eu escrevi uma dedicatória no teu livro. Espero que gostes e não te importes.
- Ah claro que não me importo e ainda bem que escreveste.
- As cartas já sabes como é, só lês mais tarde - Disse ele a reparar na curiosidade que ela transmitia na sua cara.
- Ok - Respondeu ela não muito convencida.
Sentaram-se e começaram a conversar durante algum tempo, um pouco distantes um do outro, de como tinha sido o dia, sobre acontecimentos recentes e novidades de amigos até que…
- Já reparei que hoje não estás nada bem e estás-te a fazer difícil por isso vou ser eu a abraçar-te - Disse ela abraçando-o como era normal depois de várias tentativas para o animar e fazer sorrir.
Nessa altura ela pediu-lhe para ler as cartas, ele disse que não. Ela insistiu e ele voltou a dizer que era melhor não. Ela aí não disse mais nada e ficou em silêncio.
- Como é que queres que eu esteja com esta situação toda assim? - Perguntou ele com a cabeça encostada á dela.
- Pois compreendo-te perfeitamente mas sei que também compreendes a minha parte e que não posso fazer nada. - Respondeu ela enquanto ficava bem encostada a ele.
- Mas compreendes que cada vez é mais difícil aguentar isto tudo quando chega a este ponto em que penso desistir.
- Mas tu já sabias que ia ser assim e sempre te disse isso. Que precisava de tempo. Tu sempre disseste que esperavas por mim. Compreendo que queiras desistir e não te prendo como nunca te prendi a mim. - Disse ela sentindo os braços dele em sua volta. - Pois, não sei. Sabes bem que está a ser muito difícil para mim isto tudo e que também o é para ti.
Após esta resposta dele, fez-se silêncio. Estavam ali os dois, abraçados no sofá, cada um com o seu pensamento e a olhar para a televisão mas sem reparar o que realmente se passava nela.
- Vê lá as cartas então. - Disse ele finalmente para quebrar o gelo.
Ela levantou-se rapidamente e disse:
- Que fixe! Obrigado.
Agarrou nas cartas e começou a olhar para as fotos que vinham com elas.
Sempre que ele lhe entregava alguma carta, a mesma vinha acompanhada de uma ou duas fotos de momentos românticos de casais apaixonados com frases lindíssimas e que ele gostava.
Abriu a primeira carta e começou a ler atenciosamente. Durante o tempo em que esteve a ler esses papéis, ficou tudo novamente em silêncio onde o mesmo só era interrompido com um suspiro ou um riso leve dela. A carta maior tinha quatro páginas e ao chegar ao final ela disse:
- Estou abismada. Está muito bonita. Não sei mais o que dizer porque tenho medo que não diga o suficiente para demonstrar o quanto gostei. Desculpa mas não consigo.
Ele olhou-a e respondeu:
- Ok. Não faz mal não dizeres mais nada. O que interessa realmente é que tenhas gostado.
- Sim sem dúvida que gostei e muito. Obrigado. Gostava muito que tudo isto acontecesse mas compreendes que não é assim tão fácil. - Afirmou ela.
- Não é fácil? Então? Sabes que da minha parte há disponibilidade e vontade total mas da tua parte sei que não é bem assim. - Disse ele.
- Não se trata de vontade ou disponibilidade e muito menos de gostar ou não de ti porque eu gosto muito de ti mas o medo é que não me deixa ir para a frente com isto tudo percebes? - Perguntou ela.
- Medo? Medo de quê quando tens todas as garantias em frente dos teus olhos e tu sabes disso?
- Medo de não gostar de ti tanto como tu gostas de mim, medo de não te retribuir tudo o que me dás e medo de não dar certo e magoar-te muito com isso sendo que tu és a ultima pessoa que merece sofrer. - Enumerou ela enquanto olhava para ele.
- Pois mas como já te disse, penso que esse medo desapareceria com o passar do tempo, da relação e com a ajuda mútua. - Devolveu ele contemplando a beleza dela naquela pose séria.
- Que achas que devemos fazer? - Perguntou ela.
- Não sei. Neste momento não sei. E tu? - Devolveu ele.
Ela não respondeu e ficou a olhar para baixo como se procurasse a resposta no chão. Ficou assim alguns segundos… parada… em silêncio… quando de repente disse com um leve sorriso nos lábios:
- Espera, tive uma ideia. Já volto!
E com isto saiu da sala rapidamente enquanto ele ficou a pensar no que lhe passaria pela cabeça para fazer naquele momento. “Foi fazer alguma das dela” pensou ele com ar resignado. Enquanto esperava que ela aparecesse, ele esteve sempre a pensar na solução que tinha a certeza que era a única que os ajudava a sair daquela situação mas não a partilhou com ela no momento da pergunta por ter medo de estar sempre a pressiona-la nesse sentido. A sua solução era ela aceitar namorar com ele, e tinha a certeza que isso iria ajudar a ultrapassar isso tudo.
Enquanto continuava a pensar nisso e, distraidamente, olhava a televisão, apareceu ela finalmente e vestida normalmente como se fosse sair.
- Vamos, levanta-te e vamos embora. - Disse ela olhando para ele sentado no sofá.
Ele muito admirado disse:
- O quê? Onde vamos?
- Não te posso dizer. Vais ter que confiar em mim. Vamos no teu carro ou no meu? Se formos no teu tenho que ir eu a conduzir. - Insistiu ela.
Ele levantou-se muito espantado e respondeu:
- Ok. Não há problema. Vamos.
Enquanto desciam as escadas e se dirigiam para o carro, ele não conseguia perceber o porquê daquilo tudo e inúmeras perguntas surgiam-lhe na mente. “Onde é que vamos? O que iremos fazer? Porque é que ela está a fazer isto? Não percebo nada e cada vez percebo menos”.
Ao entrarem no carro, abateu-se de súbito um silêncio entre eles. Ele não sabia o que dizer, tal não era o espanto e a admiração de todo aquele momento.
- Vais ter que confiar em mim e a partir de uma altura em que te disser vais fechar os olhos, sim? - Perguntou ela.
- Ok não há problema nenhum. Sabes bem que confio em ti. - Respondeu ele.
- Sim sei perfeitamente disso. Confia em mim e no final vais gostar de certeza apesar de ires dizer que sou louca. - Disse ela entre risinhos de gozo.
Ele também se riu e disse:
- Se tu o dizes, eu confio em ti mas uma coisa vinda de ti, até tenho medo. - Respondeu ele em tom irónico.
Ela percebeu isso mesmo e largou umas gargalhadas.
Passados poucos minutos ela diz:
- Vá é agora. Fecha os olhos.
Ele sem dizer nada, consentiu. Após fazer o que ela lhe pedira sentiu tudo á sua volta andar á roda. Era ela que conduzia o carro ás voltas numa rotunda para o baralhar e desorientar.
- Talvez seja melhor parar senão fico enjoado. - Pediu ele já a sentir umas leves náuseas.
- Já parei. Foi só para te desorientar. - Disse ela entre risos.
- E admito que conseguiste. Onde vamos? - Perguntou ele.
- Não fazes a mínima ideia para onde vamos? - Devolveu ela.
- Não princesa, não faço a mínima. Deixaste-me baralhado. - Respondeu ele.
- Hmm ainda bem. Tens que ter paciência porque ainda é um pouco longe. - Pediu ela.
- Ok. Já sabes que a paciência é o meu nome do meio. - Disse ele.
Á medida que ia vivendo aquele jogo, muitas sensações passaram por si misturadas com os pensamentos sobre onde iria ela levá-lo juntamente com as músicas que iam passando no rádio que, não sabem bem como, eram músicas suas conhecidas e que tinham algo a ver com eles os dois. Seria um prenúncio?
Estava ele envolvido nesta questão ,enquanto ouvia uma das músicas, quando sentiu algo nas suas mãos. Era a mão dela. Quente, suave e meiga que procurava as dele. Aquilo era definitivamente um excelente sinal. Ele acolheu-a, apertou-a suavemente e beijou-a com os seus lábios. Foram indo neste sentimento e estado durante alguns quilómetros até que ela disse:
- Tem calma, estamos quase a chegar mas ainda falta um bocadinho. Não te assustes agora porque a estrada vai ficar pior.
- Está bem mas vai devagar. - Pediu-lhe ele.
A partir daquele momento, sentiu que entrara numa estrada de terra um pouco em mau estado mas não era das piores. Á medida que iam percorrendo aquela estrada, a sua ansiedade crescia e sentia que se aproximava daquilo que ela lhe queria mostrar. – Chegámos. - Disse ela finalmente – Mas não abras os olhos.
- Está bem. Eu não abro e só o farei quando me disseres. - Disse ele.
Nesse momento sentiu o carro a parar. Ouviu ela a abrir a porta e a dizer:
- Espera. Não saias que eu ajudo.
Ele não disse nada, simplesmente sorriu ao ouvir aquilo e sentir a mão dela no braço dele, agarrando-o como se de um cego se tratasse. Foi um pensamento fora do contexto mas teve a sua graça.
- Anda comigo. Eu ajudo-te e guio-te para não tropeçares em nada. - Disse ela. Enquanto ela dizia isto, na rádio começou a tocar uma música que ambos gostavam muito da autoria do artista preferido dele e que ela também apreciava bastante.
- Lindo! - Disse ela aumentando o volume do som de maneira a que se ouvisse perfeitamente a música fora do carro.
Saíram do carro, afastando-se dele ao mesmo tempo que ouviam a música ao fundo. Enquanto andavam, ele de olhos fechados de mão dada com ela, ele pensava onde estaria, enquanto ouvia o som das pedras debaixo dos pés. Não fazia a mínima ideia. Simplesmente sentiu o cheiro a campo. Um aroma fresco a terreno típico do Alentejo que conhece tão bem. Como lhe soube bem tudo isso misturado com o entusiasmo de todo aquele momento, até parece que tudo estava feito com um propósito apesar de ele não fazer ideia de qual. Caminharam até um ponto em que pararam e ela disse:
- Pronto, já chegamos.
Ele simplesmente a sentia á sua frente por ouvir a sua voz e de estar de mão dada com ela.
- Já podes abrir os olhos. - Disse ela com um sorriso nos lábios que, apesar de ele não conseguir ver, percebeu isso pelo tom com que proferiu aquelas palavras que pareciam que abriam a porta de um tesouro, qual Ali-bába a dizer Abre-te sésamo.
Ele assim fez, abriu os olhos e, bastante espantado, olhou á sua volta reconhecendo imediatamente o local para onde ela o tinha conduzido.
- Não acredito. Tu és louca. O que estamos aqui a fazer? - Perguntou ele.
- Gostaste da surpresa? Reconheces o sítio? - Perguntou ela com um sorriso rasgado nos lábios.
Estavam num sítio por si só mágico e que acredita-se que no tempo da pré-história era algo ligado a crenças, astronomia e mitologia. Estavam num conjunto largo de pedras levantadas ao alto, menires pequenos, dispostos de uma maneira ordenada formando um círculo estranho quase parecido a Stonehenge na Inglaterra mas diferente, sob um céu estrelado numa noite fria de Outubro.
- Sim princesa adorei a surpresa e claro que reconheço o sítio, mas porquê? - Perguntou ele espantado e esfregando os olhos para se habituarem á luz.
- Ainda não percebeste porque te trouxe aqui?
- Não princesa, ajuda-me lá a perceber.
Ao dizer isto, ela abraçou-se a ele ficando com a cabeça encostada ao peito dele e disse:
- Lembras-te da última vez que estivemos aqui?
- Sim claro que lembro. Estivemos aqui juntos num passeio de domingo já á algum tempo.
-Exacto. E lembraste o que te confessei depois de termos estado aqui?
- Sim claro, como me poderia esquecer? Disseste-me que nessa vez te deu uma enorme vontade de me beijar mas não o fizeste com medo da minha reacção.
- Exacto. E mesmo assim não estás a perceber porque te trouxe aqui hoje?
- Desculpa mas não princesa. - Respondeu ele com algo a vaguear-lhe na cabeça mas com medo de a dizer por não querer ser precipitado.
Ele pensou que talvez aquela altura seria a que á tanto tempo esperava, a altura do beijo, mas de pronto dizia para si próprio que não era e que não deveria ser precipitado com as coisas porque estava a pensar coisas que não eram. Mas era estranho porque todo o momento, sítio e atitudes levavam a querer que era, mas mesmo assim não arriscou.
- Estou a ouvir o teu coração bater. - Disse ela.
- Ai sim, então e o que é que ele te está a dizer?
- Não sei. Diz-me antes tu.
- Ele está a dizer-te que gosta muito de ti.
- Sim e mais?
- Está a dizer que és tu quem o faz bater assim feliz.
- Sim e que mais?
- Está a dizer que não existe sem ti. - Respondeu ele novamente sem saber onde ela queria chegar, ou talvez soubesse?
Estavam em silêncio quando ela finalmente lhe disse num tom carinhoso:
- É agora estúpido!
Ele finalmente percebera que aquilo que lhe passava na cabeça desde o princípio, era mesmo o que ela pretendia e aí apertou-a de encontro ao seu peito, beijou-a na cabeça, baixou um pouco a boca até junto ao ouvido dela e perguntou-lhe suavemente:
- Queres namorar comigo?
Ela simplesmente levantou a cabeça e respondeu-lhe encostando os seus lábios aos dele num beijo apertado e á muito esperado. Esse beijo demorou algum tempo, o tempo para surgir na mente dele se não estaria a sonhar ou a delirar. Mas o sentir o corpo dela encostado ao seu, o sabor daquele beijo que tardava e o frio da noite que os cobria faziam com que se apercebesse que estava a viver uma realidade que á muito desejava e que finalmente tinha chegado. Mantiveram-se assim juntos, perdidos num mundo e momento perfeitos que pareciam criados apenas para eles os dois, a trocar uns comentários e a sorrirem um para o outro quando foram interrompidos pelos faróis de um carro que se aproximava. Nesse momento dirigiram-se para o carro que continuava ligado e com a música alta e arrancaram.
Nessa noite, após a ter deixado em sua casa, ele ficou acordado até tarde vivendo e revivendo aquele momento especial repetidamente. Fê-lo acordado até o sono e o cansaço o vencer, mas continuou a fazê-lo enquanto sonhava.
Assim que acordou pela manhã, esse momento voltou-lhe á memória e pensou, mais uma vez, se não teria sido um sonho mas rapidamente se lembrou que tinha sido mesmo verdade e tudo acontecera na noite anterior, na data de 30 de Outubro de 2009 juntamente com uma música…
no one can love me the way that you do
yeah, i was the captain of my own ship of fools
i fled to the ocean, i aimed for the stars
so your face was a light that kept me saved from the dark
so i say please, say please
girl you see me smiling
girl i'm singing words of joy to the world
between the lines it's hidden in the smile
can't you hear a cry for love
i jumped to the water, i swam to the shore
turned up at your doorstep, i slept on your floor
i woke up in panic, i dreamt you were gone
you're gone, you're gone
i stood there in silence with the damaged i've done
but now it's done, it's done so
girl you see me smiling
girl i'm singing words of joy to the world
between the lines it's hidden in the smile
can't you hear a cry for love
i'll keep on smiling
girl i'll keep on playing my songs to the world
between the lines it's hidden in the smile
can't you hear a cry for love
a cry for love
a cry for love
a cry for love
girl you see me smiling
girl i'm singing words of joy to the world
between the lines it's hidden in the smile
can't you hear a cry for love
I'll keep on smiling
girl i'll keep on playing my songs to the world
between the lines it's hidden in the smile
can't you hear a cry for love
can't you see the smile
can't you hear a cry for love
it's hidden in the smile
can't you hear a cry for love
A Cry for love – David Fonseca

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Socorro...

Epa sinceramente já não sei o que é pior, se a malvada música do pingo doce ou se o cover do wegue-wegue com a popota...
Ultimamente os senhores da publicidade andam com uma enorme falta de inspiração e ideias. Com tantas áreas de ideias variadas para publicidade, acabam por nos presentar com estes anuncios enormes, secantes e sem graça.
Enfim, melhores dias se esperam mas até lá temos que gramar com eles... até mudar de canal.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

30-10-2009 23:54 algures...

É impressionante como tudo ocorre numa fracção de tempo inesperadamente. E como sabe bem sentir toda essa surpresa durante e depois de ocorrida. Pois é, foi o que aconteceu nessa data que consta no título mais ou menos a essa hora,um momento mágico, único e á muito tempo esperado mas que teimava em acontecer por motivos entendidos. Mas o que é certo é que aconteceu e isso enche-me de alegria e feicidade. Ocorreu onde tinha que ocorrer, não havia outro sítio sem ser aquele, não podia ser outro sem dúvida atendendo ao significado existente nele e nas memórias de um episódio ocorrido nesse mesmo sítio, e que memória. Meu Deus, já sabia que haviam momentos perfeitos mas nunca tinha sentido realmente um até esse dia, a essa hora e nesse sítio. Tudo foi perfeito... como sonhámos e desejamos... e a música...

no one can love me the way that you do
yeah, i was the captain of my own ship of fools
i fled to the ocean, i aimed for the stars
so your face was a light that kept me saved from the dark
so i say please, say please
girl you see me smiling
girl i'm singing words of joy to the world
between the lines it's hidden in the smile
can't you hear a cry for love
i jumped to the water, i swam to the shore
turned up at your doorstep, i slept on your floor
i woke up in panic, i dreamt you were gone
you're gone, you're gone
i stood there in silence with the damaged i've done
but now it's done, it's done so
girl you see me smiling
girl i'm singing words of joy to the world
between the lines it's hidden in the smile
can't you hear a cry for love
i'll keep on smiling
girl i'll keep on playing my songs to the world
between the lines it's hidden in the smile
can't you hear a cry for love
a cry for love
a cry for love
a cry for love
girl you see me smiling
girl i'm singing words of joy to the world
between the lines it's hidden in the smile
can't you hear a cry for love
I'll keep on smiling
girl i'll keep on playing my songs to the world
between the lines it's hidden in the smile
can't you hear a cry for love
can't you see the smile
can't you hear a cry for love
it's hidden in the smile
can't you hear a cry for love
David Fonseca
Cry for love

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Hoje apetece-me...

Apetece-me escrever. Apetece-me dizer em palavras que me sinto magoado não por algo que me fizeram mas sim por algo que não aconteceu. Apetece-me escrever sobre esta rotina diária que me sufoca e de que estou farto. Que faz com que cada dia seja quase simetricamente igual ao anterior e que assim que acordo me lembro disso. Sei bem do que necessito mas as coisas mais importantes e que nos são essenciais são também as mais difíceis de adquirir. Estou farto de ver em blogues, hi5´s e afins fotos e frases de casais felizes e apaixonados quando, para mim, a felicidade surge como uma miragem, apesar de por momentos lhe tocar e a sentir bem real á minha frente em forma de pessoa. Preciso de algo que me ajude, algo que a minha mente, consciência e coração esperam. Todos os dias vejo as mesmas pessoas que vi no dia e na semana anterior quando entre tantas só procuro uma, mas essa teima em não aparecer. Talvez se desejasse não a ver, quem sabe se aparecia mais vezes á minha frente? Uma coisa é certa, aparece sempre que quero mas num sítio onde está sempre presente: no meu coração. Talvez se mudasse a rotina diária, esses pensamentos me abandonassem e sofresse menos, sei lá, quem sabe? Sem dúvida que me ajudava a abstrair-me de pensamentos que me toldam a mente e o espírito todos os dias e que, mesmo que tente, não consigo parar de pensar como seria minha vontade. Sei também que pelo facto de estar sempre com “isto” na cabeça, faz com que seja mais difícil tudo passar mas querem o quê, não controlamos o que pensamos. É mais forte do que qualquer pessoa ou vontade no mundo. Dentro do muito com que já ocupo o meu tempo, terei de procurar outro hobby, ocupação ou responsabilidade para combater esta situação que não vejo outra solução a não ser esta. Apetecia-me sim ir para outro lado, quem sabe trabalhar, é uma hipótese válida e em aberto visto a minha situação profissional do momento permitir isso, começar tudo de novo desprendido de tudo e todos e contar apenas comigo próprio para o que der e vier, longe de um todo que se quer mas que se apresenta longínquo demais para se agarrar, mas por outro lado… bem, o outro lado é a causa disto tudo e não me deixa levar isto avante. Isto tudo surge como um complexo puzzle, onde nós próprios somos as peças, misturados entre tantas outras que não fazem sentido nem são deste conjunto mas que teimam em lá estar para baralhar e fazer com que não construamos o quadro final.
E no entanto com esta escrita, estou a contribuir para o aumento das “lamechices” nos blogues de que falava atrás. Quem sabe quantos como eu vieram aqui procurar algo interessante e deparam-se com mais uns textos de um Romeo triste pela sua situação amorosa? Se acontece isso contigo que estás a ler este post, desde já as minhas desculpas. Prometo que para a próxima escreverei algo mais interessante e que não tenha a ver com o foro pessoal e amoroso. Não quero tornar este blogue num “Muro das Lamentações” amoroso.
Please don't be scared
I won't dissapoint you
Just look at my face
I shouldn't love you anyway
I wanna try it
I think I'm already trying
I'm already trying
Because I believe it
Yes I believe it
And I am trying...
Please keep fighting
Keep fighting...
Together we can build something beautiful
Please keep fighting
Together we'll build love...
I can't live without you
Could I ever learn how to live with you?
Cause I believe it
Yes I believe it
And I am trying...
Please keep fighting
Keep fighting
Together we can build something beautiful
Please keep fighting
Together we'll build love...
Please keep fighting
Keep fighting
Together we can build something beautiful
Please keep fighting
Keep fighting...
I won't give up on you...
Please keep fighting
Together we'll build love...
Don't you give up now on me
I won't give up on you...
A Wish (keep Fighting)
Lucia Moniz Feat Dr1ve

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Paz interna...

É tão bom sentir esta paz dentro de mim, qual bonança depois da tempestade, que me faz enfrentar tudo de todos os dias com um sorriso enorme na cara e no coração. Paz esta que faz com que olhe para tudo e descubra magia, algo bom, mesmo quando a situação não seja a melhor. Se esta paz tiver um nome, sem dúvida que será o teu nome porque és tu a fonte desta paz e felicidade. E é tão bom sentir e saber isso… Ás vezes meto-me com um sorriso parvo a olhar para o telemóvel, ou simplesmente a olhar em frente ou até mesmo a conduzir sozinho no meu carro. Certamente pensam que sou louco ou que vou a ouvir alguma coisa engraçada mas o que simplesmente oiço é a voz do meu coração, também ele a gritar de felicidade como se quisesse gritar ao mundo o quanto és importante para mim em tudo. Também ele cativado e rendido a toda a tua pessoa sem hipótese nem vontade de se render. Buscava esta paz á imenso tempo e confesso que cheguei a pensar quando a atingiria ou se a atingiria. Esse momento chegou. Espero que dure para sempre. Contigo a meu lado.



"Os homens já se esqueceram desta verdade - disse a raposa. - Mas tu não te deves esquecer dela. Ficas responsável para todo o sempre por aquilo que cativaste".

-O Principezinho - Antoine de Saint-Exupéry

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Quero-te...

Quero-te, quero-te, quero-te. E não me faltam as palavras para te dizer nem a coragem para te segredar o que o coração me segredou. Quero-te. Digo-te com toda a força esta simples palavra que sai com tanta força. Não quero que vás. Quero que fiques sempre comigo. Bem perto de mim, para poder continuar a sentir o teu cheiro, o teu perfume, para continuar a pegar na tua mão e jurar que nunca mais te vou largar. Quero sentir a tua respiração, ouvir as tuas palavras de conforto. E rir. Rir quando falamos aquelas longas conversas onde nos rimos mutuamente, até mesmo quando estamos tristes ou sem vontade. Simplesmente quero-te. Como nunca te quis. Como nunca ninguém te irá conseguir querer. Por todos os momentos, por todas as tardes e noites, por todas as surpresas feitas, por todas as brincadeiras. Por todas as barreiras que ultrapassámos e vamos ultrapassar juntos. Por todas as noites que não dormi a pensar em ti. Por tudo o que te prometi e continuo a prometer porque quero cumprir. Por todos os erros que cometi. Quero-te. De uma forma intensa, presente, a sentir o mesmo de ti. Guardando cá para dentro tudo o que absorvo de ti. Interiorizando o que quero mas não escondendo o que sinto. Quero-te. E digo isso baixinho, ao teu ouvido, suavemente. Digo-o para mim, como se fosse necessário lembrar. Quero-te, quero-te, quero-te...

E sei que tu me queres também.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Com o tempo aprendemos...

Depois de algum tempo tu aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. Aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começas a aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno de amanha e incerto demais para os teus planos. Depois de um tempo tu aprendes que o sol queima se ficares exposto por muito tempo. E aprendes que não importa o quanto tu te importas, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceitas que não importa o quão boa seja uma pessoa, pois ela vai ferir-te de vez em quando e tu precisas perdoa-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que leva-se anos para construir a confiança e apenas segundos para destrui-la, e que podes fazer coisas num instante das quais te arrependeras pelo resto da tua vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo que a longas distancias. E o que importa não e o que tu tens na vida, mas sim o que tu tens da vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos de mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer coisas, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com quem tu te mais importas na vida são tiradas de ti muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pois pode ser a ultima vez que as vimos. Aprendes que as circunstancias e os ambientes tem influencia sobre nos, mas nos somos responsáveis por nos mesmos. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobres que se leva muito tempo para te tornares a pessoa que tu queres ser, e o tempo e curto demais. Aprendes que não importa onde já chegaste, mas para onde vais, e se não sabes para onde estas indo, qualquer lugar serve. Aprendes que, ou tu controlas os teus actos ou eles te controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja a situação, sempre existem dois lados. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes, a pessoa que tu esperas que te vai pisar quando tu cais, e uma das poucas que te ajudam a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiencias que se tiveram e o que tu aprendeste com elas, do que com quantos aniversários celebraste. Aprendes que há mais dos teus pais do que tu supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se elas acreditassem nisso. Aprendes que quando estas com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te da o direito de seres cruel. Descobres que só porque alguém não te ama do jeito que tu queres que ame, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver com isso. Aprendes que nem sempre e suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens de aprender a perdoar a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, tu serás em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não ira parar para que tu o consertes. Aprendes que o tempo não e algo que possas voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E tu aprendes que realmente podes suportar... que realmente és forte, e que podes ir muito longe depois de pensares que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida.
By: William Shakespeare
Ha textos que conseguem dizer tudo o que achamos e é verdade não é?

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Uma "experiência" nova...

Foi no sábado á noite, depois de um jantar bastante agradável e na melhor das companhias, e a convite de uma dessas mesmas pessoas, que assisti a algo (não totalmente) "diferente". E este diferente é mesmo para melhor, é mais intenso, é mais sentido á flor da pele e do coração e também é mais vivido. Foi algo que sem dúvida me marcou pela positiva e que de á algum tempo para cá já tinha manifestado curiosidade (pessoal e sentimental) em participar, mas como nunca tinha surgido oportunidade, fui adiando essa mesma participação, até que surgiu o convite e no sábado passado concretizou-se essa minha presença nesse local único e mágico que tão assiduamente frequento todas as semanas. Confesso que ia com uma ideia-tipo sobre o que se ia passar e mesmo sobre as pessoas, bastante diferente do que realmente aconteceu e descobri. Felizmente apercebi-me que de certa forma estava errado e foi mais uma vez a prova disso mesmo e de que em muitas situações da nossa vida devemos dar o beneficio da dúvida antes de experimentarmos e somente depois falarmos da situação ocorrida ou mesmo das pessoas envolvidas. Sem dúvida que gostei muito, vivi todos os momentos que se passaram com o espírito e coração bem abertos e que apesar do nervosismo e de sentir de certa forma alguns olhares em mim por ser um "estranho" entre algumas dessas pessoas, correu muito bem e fiquei com vontade de voltar, porque sem dúvida que me senti muito bem durante todo o tempo que lá permaneci e senti também que serei sempre bem-vindo todas as vezes que queira voltar. Certamente voltarei, sem dúvida que sim, para uma vez mais estar na companhia importante d´Ele, juntamente com alguém que também me é muito importante e com quem quero percorrer o caminho da vida e que sei que Ele nos ajudará.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Este sentimento...

É sempre complicado explicar sentimentos ou transcrevê-los completamente para a escrita como se os oferecessemos a sentir pela leitura, mas vou tentar transcrever o sentimento que existe dentro de mim e que quero partilhar, apesar de não revelar (ainda) por quem é este sentimento, ainda que quem me conheçe bem, sabe de quem se trata.
Sabem o que é pensar numa pessoa desde o primeiro segundo que se abre os olhos pela manhã até ao último instante da noite antes de ser vencido pelo sono? Mesmo dormindo, sonhar com momentos únicos com essa mesma pessoa e desejar que esse sonho se perpetue para sempre? Querer estar com essa pessoa que tanta felicidade e confiança transmite durante o máximo de tempo possivel, ou simplesmente aproveitar os curtos momentos possiveis como se fossem os últimos das nossas vidas? Falar tanto pessoalmente como ao telefone durante horas, não reparar no tempo a passar e desejar ficar a falar por muito mais tempo porque fica a impressão que ficou algo por dizer? Passar momentos únicos a dois que para qualquer pessoa possa parecer normal, mas para mim e por estar com a responsável deste sentimento que existe em mim ser um momento mágico, único e sem igual? Trocar um abraço tão simples mas ao mesmo tempo tão forte e desejar que os dois corpos se fundam num só para nunca mais nos separarmos? Aguentar a força de querer beijar apaixonadamente essa mesma pessoa, e dizer "Não vás embora... fica comigo" na altura da despedida? Aproveitar cada sorriso dessa mesma pessoa como se a minha própria sobrevivência dependesse dele mesmo? O coração disparar quando vejo, sinto ou oiço a voz dessa mesma pessoa ou vejo a sua figura bem na minha frente a sorrir? Querer dizer todos os dias o quanto gostamos dessa pessoa mas não o fazer para não ser "chato"?
Pois é, tudo o que perguntei nas linhas atrás escritas é o que neste momento sinto e acontece, felizmente e espero que com o tempo, mais outras coisas e desejos aconteçam, e tenho fé que sim. Resta-me esperar e respeitar essa vontade e sei que Ele me vai ajudar no sentido pretendido porque é justo para quem é fiel. Até lá vou fazendo uso desta minha virtude e nome do meio que é a paciência mas acreditem que até a espera me sabe bem.
Ha sentimentos fantásticos não ha?

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Um exemplo a seguir...

Peço desde já desculpa pela ausência de novos posts por aqui mas a falta de tempo têm-me impossibilitado de escrever, aliado ao facto da inspiração para a mesma escrita ser usada noutro fim muito melhor do que escrever aqui (não menosprezando o blog nem o que escrevo aqui). Pois bem, já á um tempo que ando a querer escrever aqui sobre uma notícia que certamente todos vocês viram na TV e , como eu, ficaram bastante admirados. Falo-vos da notícia em que uma senhora do norte encontrou uma pasta no meio da rua com 6 mil euros (sim, seis mil euros) e que a devolveu ao proprietário com a mesma quantia sem que um euro faltasse. Ora bem, vendo nos dias de hoje como anda o nosso mundo, e aliando a crise que se instalou e que dizem que está de partida vagarosamente, pergunto eu quem mais além dessa senhora faria o mesmo que ela e devolvesse a pasta ao legítimo dono? Certamente muita gente diria, como depois apareceu noutra reportagem, que sim senhora devolveria a pasta ao dono sem pensar em ficar com o dinheiro mas será assim tão verdadeiro? Não quero ser negativo nem pessimista mas penso que não seria assim mesmo com muitos indivíduos que afirmaram perante as câmaras que devolveriam a pasta (á frente da câmara é diferente do que ser anónimo pois é) e esse facto entristece-me porque esta simples atitude de uma pessoa séria não deveria ser notícia porque era assim que toda a gente deveria actuar não só em casos semelhantes mas em todos que se colocam á prova valores tão importantes como a honestidade, exemplo e humildade. Com isto quero apenas falar do exemplo desta nobre e humilde senhora, que em entrevista pediu apenas para ter saúde, já que além de ser pobre é feliz! Bem-haja para esta senhora e tomara que muita gente seguisse este exemplo não só se encontrasse uma pasta com dinheiro mas em muitas outras ocorrências que acontecem diariamente nas nossas vidas e no nosso quotidiano. Resta-me só informar de mais um apontamento curioso. O proprietário da mala perdida estava comodamente a dormir em sua casa e nunca suspeitou em momento algum da falta da mesma até um militar da GNR bater á sua porta e confrontá-lo com o achado, o que o deixou estupefacto (porque será?) e onde o mesmo indivíduo não deu qualquer gratificação pelo acto da mesma senhora. Não quero dizer que a mesma senhora tenha feito o que fez com o objectivo de ter alguma compensação quando teve hipótese de ficar com uma bela maquia (6 mil euros), digo isto no sentido de o mesmo senhor tentar retribuir o acto (mesmo sendo impossivel) através de um valor simbólico ou de uma simples palavra de apreço que muitas vezes vale muito mais que uma quantia em dinheiro. Enfim, guardaremos sim no fim desta história o exemplo da senhora honesta e humilde que tão grande lição deu ao nosso país.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ninguém te ama como eu...

Sabem aquelas músicas,cânticos,versos, etc que ás vezes ouvimos e que assentam que nem uma luva em certas ocorrências, pessoas ou qualquer episódio da nossa vida?
Então aqui fica um cântico que gosto muito e que tem muito a ver com uma situação e pessoa. Espero que gostem...



"Ninguém te ama..."


Quanto esperei este momento
Quanto esperei que estivesses aqui
Quanto esperei que me amasses
Quanto esperei que viesses a mim

Eu sei o que tens sofrido
Eu sei porque tens chorado
Sei bem o que tens vivido
Sempre estive a teu lado

Pois ninguém te ama como eu
Ninguém te ama como eu
Olha p´ra cruz é a minha maior prova
Ninguém te ama como eu
Pois ninguém te ama como eu
Ninguém te ama como eu
Olha p´ra cruz foi por ti foi porque te amo
Ninguém te ama como eu

Eu sei bem o que me dizes
Mesmo que ás vezes não fales
Eu sei bem o que tu sentes
Mesmo que nunca o partilhes

A teu lado eu caminharei
Junto a ti eu sempre estive
Tenho sido o teu apoio
Sou o teu melhor amigo...

Pois ninguém te ama como eu
Ninguém te ama como eu
Olha p´ra cruz é a minha maior prova
Ninguém te ama como eu
Pois ninguém te ama como eu
Ninguém te ama como eu
Olha p´ra cruz foi por ti foi porque te amo
Ninguém te ama como eu

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Surpresa...!!!!!!

Ah pois é... Quem não gosta de surpresas???? Eu gosto e ha certas coisas que devemos de fazer aos outros, porque gostamos que as façam a nós, e sabemos que esses "outros" também irão gostar...

E mais não digo...

O futuro é já amanhã... Porquê querer adivinha-lo?

Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho...

Só temos que aguardar... por isso aguardem...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Estado de sentimento...

Frustação, dor cá dentro, desilusão, mágoa e sinto-me pior do que se tivesse levado uma chapada em frente de todos (e foi isso mesmo que senti ao ver certas e determinadas coisas infelizmente), sentimento que nada valeu a pena e continua a não valer, é assim que me sinto hoje e desde ontem á noite. Ao fim de tudo pergunto-me? Valeu mesmo a pena tudo? Acho que não. Volta tudo ao mesmo e não tem volta a dar...
Meu Deus, faz o fim disto tudo chegar rápido por favor...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Vale a pena pensar nisto...

Hoje, ao preparar uma dinâmica para uma actividade em que vou participar, deparei com uns textos que me meteram a pensar (e é esse o objectivo dos mesmos) e que dentro dos mesmos existe uma mensagem bastante forte. Partilho aqui um desses textos convosco para reflectirem um pouco, porque de vez em quando devemos parar para pensar...



"Lençol sujo..."

Um casal recém-casado, mudou-se para um bairro muito tranquilo. Na primeira manhã que passavam na casa nova, enquanto tomavam o pequeno-almoço, a mulher reparou, através da janela, numa vizinha que pendurava lençóis na corda e, comentou com o marido:

- Que lençóis sujos ela está a pendurar no estendal. Está a precisar de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade ia lá perguntar se ela quer que eu a ensine a lavar roupa!

O marido observou calado. Alguns dias depois, novamente durante o pequeno-almoço, a vizinha pendurava lençóis no estendal e a mulher comentou com o marido:

- A nossa vizinha continua a pendurar os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntava-lhe se ela quer que a ensine a lavar roupa!

E assim , a cada dois ou três dias, a mulher repetia o seu discurso enquanto a vizinha pendurava a roupa na corda. Passado um tempo a mulher surpreendeu-se ao ver os lençóis muito brancos a serem estendidos e, empolgada foi dizer ao marido:

- Vê, ela aprendeu a lavar roupa! Será que outra vizinha a ensinou?

O marido calmamente respondeu:

- Não, hoje eu levantei-me mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!


terça-feira, 8 de setembro de 2009

Dias menos bons no "Farwest"...

Dias de tédio,rotina, muito trabalho, cabeça cheia de pensamentos que teimam em surgir quando menos se querem e fazem falta, noites preenchidas por assuntos que quero resolver e esquecer de vez juntamente com a dificuldade de gerir os sentimentos que me assaltam, vontade de me sentar atrás do volante e conduzir para o desconhecido sem tempo nem lugar ao sabor dos pensamentos e da paisagem, sozinho comigo mesmo. Tem sido assim que os dias se passam juntamente com as noites e as "insónias" que também delas fazem parte e que após essa conversa que surgiu "espontânea", me têem traçado estes ultimos tempos. Surgiu sem avisar (já devia ter surgido á tempo antes) e ainda bem que assim foi porque se fosse previamente preparada (como tinha em mente de o fazer), talvez não surtisse o efeito desejado ou então não aconteceria o que se desejava, não sei, não sei mesmo, só Deus saberá mas isso também já não interessa porque o assunto tá encerrrado e enterrado.
Vida nova, mentalidade e coração novo se avizinha e devido á experiência deste ultimo acontecimento, uma coisa garanto: não tornarei a praticar os mesmos erros que pratiquei, não voltarei a limitar me de certas ocorrências ou pessoas (mesmo que tenha sido pela minha própria vontade e não a pedido de ninguém porque não tou aqui neste mundo para agradar a ninguém, muito menos a quem não mereçe nem reconheçe) e quero sim aproveitar e conhecer o que se cruza na minha vida (incluido pessoas) juntamente com os meus amigos que esses estão lá sempre para tudo (eles sabem quem são, não preciso de enumerar). Como disse um desses amigos: "precisamos todos de um fim de semana MAF". Obviamente que não vou dizer o que significa as siglas MAF mas que esses mesmos amigos sabem o que são e sabem que brevemente iremos disfrutar MAFemente um grande fim de semana, vamos aguardar porque esse amigo tem toda a razão e partilho da opinião dele.
A vida é demasiado curta para deixarmos de viver certos episódios da nossa vida ou ficarmos restringidos a alguém que não nutre o mesmo sentimento por nós e que dessa forma (mesmo involuntáriamente) nos faz sofrer bastante.
Ha situações na nossa vida que ocorrem ao contrário do que esperavamos, mesmo quando damos tudo e mais alguma coisa com o objectivo de ajudar essa pessoa da melhor forma (conselhos, atitudes, gestos e palavras) com o objectivo de a vermos melhor e feliz e assim conseguir construir algo mais, mas enfim, pareçe que finais felizes só mesmo nos filmes porque a vida real está para os "vilões" e os "fora-da-lei" onde neste "farwest" reina tudo o que vai contra a lógica a nivel de relações e sentimentos. Quem é que compreende atitudes incompreensiveis? Só os(as) mais dotados(as).

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Questão simples... (á primeira vista)

Pergunto eu:
"Porque é que só gostamos de quem não gosta de nós?"
É uma pergunta bastante simples de perguntar, dificílima de responder e ainda mais dificil de digerir a nivel sentimental.
Como doi cá dentro ao fazer esta pergunta a mim mesmo e olhar para a pessoa que me faz sofrer. Quando estou com essa pessoa apetece-me dizer tudo o que me vai na alma e no coração mas por outro lado evito por estar acompanhado de mais gente mas também com medo que esse "desabafo" seja mal interpretado ou inoportuno. Meu Deus, como é dificil segurar isto tudo cá dentro cada vez que vejo essa mesma pessoa á minha frente a sorrir, a falar para mim e ao meu lado e o que torna tudo ainda mais dificil é a sua total indiferença sobre o meu sentimento para com ela, sim porque sabe tudo o que sinto a respeito dela, apesar de nunca lho ter dito cara a cara mas com muita vontade de o fazer, quem sabe qualquer dia? Até lá continuo com a pergunta com que iniciei este post bem presente todos os dias em tudo o que faço, na minha mente e especialmente no meu coração...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Deus escreve direito por linhas tortas… Sem dúvida…

Quem nunca se lembrou deste provérbio ao longo da sua vida? Quem nunca teve nenhum episódio ocorrido durante a mesma onde este mesmo provérbio assentava que nem uma luva? Pois é, ninguém, mesmo sem nos apercebermos já tivemos de certeza alguma coisa ocorrida e que não foi a mais justa mas que com o passar do tempo ela tomou o rumo certo e desejado. Falo hoje neste provérbio que, acreditem, já surgiu em muitos episódios da minha vida, e que já vinha com ele bem presente na minha cabeça relativamente a vários episódios de uma “situação” que se tem vindo a arrastar desde á um tempo para cá e teve o fim (para já) previsto e desejado (em certa parte e não no total). Ora, ao longo do tempo de toda esta “situação” houve muitas “linhas tortas” e que facilmente nos apercebíamos disso, não é preciso um curso superior para perceber isso garanto-vos, e que levava e ainda leva ao sofrimento de um dos intervenientes como também das pessoas que gostam e são amigas do mesmo(a) e onde o outro interveniente vivia como se nada fosse, indiferente, egoísta, onde outros ficavam a ver isto tudo se desenrolar á frente dos olhos sem que nada pudessem fazer. Isso sem duvida que é uma penitência dura e difícil de digerir, nem imaginam quanto. Estou consciente que houve “linhas direitas”, nunca disse que não houve e neste momento afirmo o mesmo, mas tenho consciência, minha e através do(a) mesmo(a) interveniente, que foram poucos e os que houve até foi de estranhar mas foram aproveitados com vontade de se eternizarem, o que não aconteceu. Posta esta situação toda e vendo que há pessoas que simplesmente não merecem quem se cruza nos caminhos dela, acreditem ou não, Aquele grande Senhor lá de cima intrometeu-se e deu uma “mãozinha”, resta saber se essa ajuda é aproveitada a favor da pessoa que mais sofreu, a ver vamos… O futuro o dirá…
Ele faz-nos estas “partidas sentimentais”, para nos apercebermos e aprendermos lições de vida acerca de pessoas que não merecem quem é bom e respeitador para elas. Espera-se que ao ser assim, se receba do mesmo modo mas infelizmente quase nunca é assim. Mesmo não recebendo em troca devemos ser correctos e respeitadores para essas mesmas pessoas para que a nossa consciência fique tranquila quanto a isso e que leve a outra pessoa a pensar nisso mesmo, que apesar de todo o mal que nos fez, continuamos a respeitar e a ser correctos, e quando a outra pessoa se aperceber (se é que se apercebe) chama-se a isso “Chapada de luva branca” e acreditem que faz mossa na consciência de quem é minimamente humano. Depois desta situação ocorrida e quando nos apercebemos do mal feito, muitas vezes já é tarde e não há volta a dar.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

One life, live it well...

Pois é, foi com este slogan que vivi as minhas férias na companhia de dois grandes amigos para os lados de Alvor – Portimão. Com esse intuito partilhado na vontade de todos vivemos intensamente todos os dias á grande, á patrão, á rei e especialmente á “Macho Alfa da Praia de Alvor”. Tivemos desde grandes dias de praia de manhã até perto do pôr-do-sol, fazer figuras e macacadas na praia como se de putos de tratassem (e acreditem que soube muito bem), fritar ao sol como se não houvesse amanhã, noitadas em grande e bem divertidas, noitadas menos boas devido a factores surpresa, etc. Mas a cereja no topo do bolo foi sem dúvida a “festa da entremeada” no parque de campismo onde estávamos comodamente e á grande hospedados. É a típica festa “tuga” com o grelhador feito de metade de um bidon metálico onde como “operador qualificado” do mesmo grelhador temos o homem de blusa de mangas á cava sempre com o seu “combustível” (cerveja) numa mão enquanto com a outra vai orientando a grelha cheia de carne a assar e com o agradável aroma e fumo no ar, enquanto ao seu redor se bebem doses industriais de cerveja, isto tudo com o som de um karaoke também ele tipicamente tuga não tivesse ele o nome de “Karaoke do careca do norte” (Lindo!). Escusado será de dizer que nós os três fomos os animadores daquela gente toda porque além de muita alegria e vontade de convívio já tínhamos o “depósito atestado” e isso é sinónimo de diversão e espontaneidade. Foi uma noite deveras divertida de convívio com pessoas que desconhecíamos até ali mas que ficaram amigas e com saudades de lá voltarmos, tal não foi a festa. Mas as férias não foram só isto, tiveram muitos mais momentos marcantes e que se fosse a relatar tudo, nunca mais saía daqui e depois ficavam a saber mais que eu, e só quem esteve lá sabe o quão divertido foram estas mini férias “somente” com três Amigos.
São momentos como estes que passei com dois grandes amigos meus, que fazem-nos aperceber de que se estivermos rodeados de alguém que é nosso verdadeiro amigo e que nos conhecemos bem e á muito tempo, todo o resto não interessa porque de certeza que irá ser marcante em todos os momentos vividos durante esse tempo e sabemos que podemos contar com esse amigo para tudo porque é verdadeiro. Estes amigos verdadeiros não são de hoje mas sim já de á muito tempo e não me surpreendeu nada que este tempo que passamos de férias tivesse sido do melhor. Para o ano há mais, ou ainda talvez este ano, quem sabe??

VAMOSSSSSHHHHHHHHH….. (Private Joke)

I Got a feeling, that tonight gonna be a good night…
that tonight gonna be a good good night...

Etc...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Férias, esse tempo diferente…

Pois é, como (quase) toda a gente tem direito, também eu depois de algum esforço vou ter as minhas merecidas férias. Serão mais mini-férias mas mesmo assim vai valer a pena porque estou mesmo a precisar de sair uns dias desta cidade e descansar da rotina diária. Vão ser, como disse, umas mini-férias por ser somente uma semana mas como diz o ditado “Quem se contenta com a sorte, é feliz até á morte”, eu contento-me com pouco e esta curta semana vai parecer um mês (ou não). Outro factor a favor de aproveitar esta semana é ser passada na melhor das companhias, e pergunto eu, qual é a melhor companhia para passar férias? Os amigos claro, e sendo assim vou com os meus amigos para o paraíso de Portimão.
Por este motivo tão válido, não vou postar aqui nenhum post durante a mesma semana, mas assim que regressar cá estarei para continuar a partilhar com todos, tudo o que tenho partilhado até aqui.
Até lá, boas férias para todos…

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Silêncio...




Shhhhhhhhhhh….. Silêncio….

Por definição, Silêncio significa estado de quem se cala, ausência de ruído. Sossego, calma. O silêncio não paira no ar, invade a alma, transcende os espíritos, eleva as energias.Já pensaram realmente no que é o silêncio? Já ouviram realmente o som do silêncio? Não se trata unicamente da ausência de qualquer som mas sim a presença de um som único, relaxante e muito difícil de encontrar. O silêncio…. Como sabe bem ouvir o silêncio numa noite relaxante de descanso onde além do silêncio só ouvimos os sons do nosso pensamento. Se fecharem os olhos durante um período de silêncio, conseguem ouvir sons difíceis de alcançar de olhos abertos. Parece um pouco estranho não é verdade? Mas experimentem, especialmente se tiverem em campo aberto e á noite, vão ver que descobrem sons longínquos que não ouviam de olhos abertos. Já fiz essa experiência e acreditem que resulta. O silêncio ajuda a pensar melhor, a reflectir, a raciocinar correctamente juntamente com a calma circundante que ele acarreta. Há outro tipo de silêncio, o mesmo que ás vezes devemos optar em certas circunstâncias ou assuntos e que se optarmos por nos silenciar, vale bem mais a pena porque ao menos não nos podem acusar de estarmos em silêncio. Aprendi isso mesmo ao longo do tempo e das circunstâncias que têm ocorrido. Muitas vezes o meu silencio é tudo que tenho e isso não me preocupa, pelo contrário, até me agrada. Adoro calar-me, para mim é tão essencial quanto respirar, saber o momento de me calar e de me escutar. As vezes não conseguimos ouvir a nossa própria voz no meio de tanta confusão, e a resposta pode ser tão simples, basta calarmos-nos para poder-mos encontrá-la.Quantas vezes nos encontrámos numa situação onde tudo o que queriamos era quebrar o silêncio que existia no ar e sair falando um monte de coisas, algumas vezes boas, outras, nem tanto… Porém, ele estava ali, firme, forte, e sábio… o Silêncio.É bom saborear o silêncio de uma noite profunda, dentro de uma tenda, a escutar os sons á nossa volta envolvidos nesse mesmo silêncio hipnotizante e deixarmo-nos adormecer…




Silêncio e Tanta Gente

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro o amor em teu olhar
É uma pedra
Ou um grito
Que nasce em qualquer lugar

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito
Ou sou uma pedra
De um lugar onde não estou

Às vezes sou também
O tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar


Às vezes sou também
Um sim alegre
Ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro as palavras por dizer
É uma pedra
Ou um grito
De um amor por acontecer


Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal p'ra onde vou
E esta pedra
E este grito
São a história d'aquilo que sou


Letra e Música: Maria Guinot

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

1000 visitas…

1000 visitas ao meu blog. É um motivo de muito orgulho e um incentivo muito grande para eu continuar a escrever e a partilhar com todos os que visitam, as coisas que andam á solta aqui por dentro da cabeça.
Até parece que foi ontem que resolvi criar este espaço, e na realidade foi mesmo ontem porque desde o dia 2 de Junho até hoje, dia 3 de Agosto, não passou muito tempo. Apesar de passar pouco tempo, e segundo o respectivo contador de visitas, este blog já teve 1000 visitas (mais ou menos perto disso) e esse facto é deveras gratificante apesar de não serem visitas de 1000 pessoas diferentes, mas mesmo assim é muito bom. Tudo o que foi aqui partilhado foram pensamentos, desabafos, atitudes que de certa forma queria partilhar com as pessoas que visitam este blog, e dessa forma, “aliviar” um pouco a carga dentro da mente. Apesar de não ter muitos comentários aos posts, porque nem todos que visitam o blog comentam o respectivo, sei através de outros(as) que comentam e visitam regularmente o mesmo, que gostam do que aparece aqui escrito, pensado ou simplesmente partilhado e isso faz com que voltem e acompanhem o mesmo blog.
A todos os 1000 visitantes, activos, passivos, identificados ou anónimos, amigos, família e desconhecidos o meu muito obrigado pela visita e por fazerem parte desse grande numero de visitantes. O único prémio que tenho não para o visitante numero 1000 mas para todos os visitantes é a certeza que vou continuar a tentar manter essas expectativas positivas como até aqui porque se mantiverem é sinal que continua no bom caminho e que satisfaz um pouco de todos os que o visitam.
Os pensamentos, esses continuam sem fim…

Do you really believe that love will keep you from getting hurt?

You are tired from all the golden coins you threw in the well that promised things it couldn't do. You have tried to live by what your God has wrote, but those lines ,they don't give you just what you hoped. Do you really believe that love will keep you from getting hurt? Because when you find the one ,you'll open your heart and then ,once it is open, It'll take a little raindrop to get it broken and then you'll know what is hurting. You're hurting. You're hurt. Days go by and pile up crosses on your wall, counting out the hours that you wished for more. You're afraid and you blame it all on yourself as if guilt will give you strength to keep it on…

domingo, 2 de agosto de 2009

Sonhos de várias cores...

Outra vez os sonhos a assombrarem-me os pensamentos. Não consigo deixar de pensar nisso nem sequer de sonhar, tal é a proporção da situação. Inúmeras vezes acordo a meio da noite e imediatamente, sem eu poder controlar, vem-me a imagem dessa pessoa á mente e assalta-me de rompante sem pedir sequer licença. Enquanto estou a tomar o duche matinal surge-me de novo essa silhueta na minha frente e enquanto me olho no espelho, acontece exactamente o mesmo. Meu Deus! Como isto me dificulta todas as atitudes que pretendo tomar e vou tomar. É mais forte do que eu e é uma força incontrolável vá-se lá saber porquê, até porque até á bem pouco tempo eu tinha tudo controlado na minha vida, incluindo esta parte. Ao longo do árduo dia que se estende á minha frente, vejo em tudo o que faço, algo que me lembra essa mesma pessoa. Porque continuo eu nisto? Será que isto não tem volta a dar? Claro que tem, tudo tem solução neste mundo á excepção da morte e por isso mesmo vou tomar a decisão que tenho em mente e vou pô-la em prática porque estou pelas pontas com isto tudo e não mereço mais. É intrigante como certas situações surgem na nossa vida quando pensamos que temos tudo controlado e os fins atingidos, mas a nível de sentimentos não é bem assim porque eles surgem sem que os controlemos mas neste momento vou controlar o que tenho dentro de mim, ai se vou! Chega! Basta! Fim! Esta é a decisão definitiva e o que será, será sem sombra de dúvida. Eu mereço algo que corresponda ás minhas expectativas e dentro dessas expectativas está alguém que me retribua algo e me faça feliz, o que não acontece infelizmente. Chega! Basta, de sonhos interrompidos por alguém que nem sequer deveria surgir nos mesmos mas que surge devido ao subconsciente existente e posto a funcionar antes de adormecer e que de uma forma influente condiciona os sonhos. Eu quero sonhar a cores em vez de preto e branco, e entenda-se preto e branco como uma forma não feliz de sonhar e eu neste momento sonho a preto e branco. Gostaria de sonhar descansado e feliz com alguém que me fizesse feliz e desse modo não é difícil isso acontecer bastando somente sentir-me desejado e amado por alguém. Após o que aconteceu, de todo esperado diga-se de passagem, a minha mente conclui que esta saída é a minha sobrevivência mental e sentimental e sem duvida que vou ser um pouco cínico para garantir isso mesmo da minha pessoa porque, como dizia a outra pessoa, se eu não gostar de mim quem gostará? E pegando nessa afirmação, desde á bem pouco tempo farei disso letra do meu hino pessoal em luta pela minha felicidade, bem-estar e harmonia dos meus sentimentos para quem os mereça, garantidamente.
Eu quero sonhar a cores e ser feliz….

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Textos sem solução, nevoeiro e projecções…

Vezes e vezes sem conta que já passei os olhos, o juízo e o coração por aqueles textos e continuo sem perceber o mínimo de toda a questão. Será que sou eu que sou burro e não entendo, será esta situação complexa demais para se perceber ou será que nem a própria pessoa que os escreveu entende? Parece-me a mim que são três possibilidades/resposta muito válidas visto tudo o que já se passou. Ou então está mesmo feito para não se perceber, mas porque continua isto a acontecer? Porque não se traça um rumo definitivo e acaba todo este imbróglio, dúvida e sofrimento? Não sei mesmo o que dizer, ou talvez saiba mas restrinjo-me a não opinar visto não ter nada a ver com isso mas o que é certo é que me afecta, ui se afecta…. Mas isso nada importa. Parece ser simples de resolver mas compreendo que não o seja visto todo o turbilhão de sentimentos que está misturado com isto tudo, incluindo a razão. Sim a razão, e essa é complicada. Penso que se seguir os instintos básicos de necessidade se consegue resolver isto tudo. Penso que se conseguir chegar á conclusão do que é ser feliz, facilmente vai descobrir o caminho para esse fim, e esse caminho está bem em frente dos olhos mas como já dizia uma amiga minha e com razão “o maior cego é aquele que não quer ver”, pura verdade. Ou será por existir um “nevoeiro” em volta de todo este assunto? Nevoeiro de duvidas, opiniões, incertezas que não deixa ver o que claramente se vê sem a existência disso mesmo, e que dificulta a mais fácil das acções e opções? Nevoeiro que consegue ser rapidamente dissipado se nos ouvirmos a nós próprios juntamente com a razão bem presente na decisão porque sem ela, essa decisão, torna-se algo perigosa para a nossa felicidade.
Vezes e vezes sem conta que já passei a inteligência, o sentimento, a vontade e o querer por aqueles textos e por todos os episódios ocorridos e continuo sem perceber o mínimo de toda a questão.
Arrasta-se esta situação á muito tempo. Arrasta-se como se de um ferido moribundo se tratasse, sofrendo em silêncio buscando o fim desejado mesmo sem saber no que consiste esse fim. Já se arrasta á tempo mais que suficiente e como em tudo chega uma altura em que dizemos “basta!” mas essa altura já foi ultrapassada e mesmo assim se continua, qual masoquista.
Vezes e vezes sem conta dou por mim deitado na minha cama a olhar para o tecto sem sono e a “projectar” no mesmo, toda a situação e as voltas possíveis e imaginárias misturadas com tudo o que quero, mas não passam de isso mesmo, “projecções” e divagações da mente ensonada.
Ou será que tudo não passa de um pesadelo repetitivo?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Mysterious Girl...

Tanto mistério á volta daquela rapariga que todos os dias pela manhã encontrava na paragem do autocarro. Faço esta pergunta desde que a vi a olhar para mim, além das pessoas conhecidas que todos os dias estão naquela paragem. Quem será? Apesar de morar naquele bairro á 29 anos nunca vislumbrei nas minhas pequenas incursões pelas entranhas do mesmo, tal figura semelhante. Nem me parece que pertença aquele tipo de bairro, diga-se de passagem, não porque seja um bairro mal frequentado mas pelo tipo de pessoa que me parece que é. Direi que tem por volta dos 20 e poucos anos, 25 ou 26, cabelos encaracolados, bem vestida, pose elegante e educada e está sempre com uns óculos escuros brancos, sentada de perna e braços cruzados na paragem do autocarro que passo todas as manhãs. Assim que me via cruzar á sua frente acompanhava com o olhar todo o trajecto que eu fazia até desaparecer. Quem será? Será nova no bairro? Alguma estudante universitária? Não me parece, apesar de a ver sempre sozinha aquela hora da manhã, o que não é normal para estudantes universitários além daquele bairro, pela distância da universidade, não albergar estudantes desse tipo. A julgar pelo horário trabalha nalgum sítio na cidade, pensei eu. Este acontecimento repete-se todos os dias que faço o horário diurno do meu trabalho, e de certa forma, ocupa-me o pensamento assim que entro no carro a essa hora madrugadora. Será que vai lá estar? Será que devo acenar ou vai ela acenar-me? Sim porque já notei que de certa forma tem algum interesse pela maneira como me olha enquanto eu retribuo o olhar, ou será curiosidade como eu? Tenho pena de não fazer o horário diurno tantas vezes quanto queria porque é sempre bom iniciar o dia com essa figura a pairar-nos na mente e no olhar além de suscitar mistério na sua figura. Se por ventura me cruzar com ela na rua, certamente não a reconhecerei se não tiver os adereços pelos quais a conheço, ou se tiver simplesmente o cabelo apanhado. Não sei, quem sabe se seria ela a travar conhecimento? Isto são perguntas que certamente nunca terão resposta visto não ter hipótese de acontecer. A certa altura até cheguei a pensar se não estaria ainda a sonhar enquanto conduzia, mas rapidamente me certificava que não porque se após um duche matinal seguido do pequeno-almoço continuasse a sonhar, então seria um sonho muito real. Não sei, sei que dessa forma misteriosa como surgiu, cativou-me a atenção e a curiosidade sobre a sua identidade. Vou esperar que volte brevemente a fazer o horário diurno para ver se lá continua ou então a curiosidade vai-me obrigar a levantar cedo para me certificar disso. Não sei, o futuro e a curiosidade mo dirá…

domingo, 26 de julho de 2009

Reflexos da estrada...

Foi um domingo que iniciou como muito outros... Sozinho, após o café da tarde a pensar onde iria eu vaguear em mais uma tarde melâncólica deste estranho dia. Após alguns momentos dei comigo a conduzir sem direcção, "Vou até Montemor" pensei mas o certo é que passei Montemor, Vendas Novas, Pegões, etc. ao sabor do prazer de conduzir devagar (confesso que não é normal em mim porque sou adepto das velocidades, qual Shumacher), embalado pela paisagem seca e árida do exterior com o termómetro a marcar uns 37º Graus e que convidava a estar num lugar fresco mas mesmo assim continuei. Ás vezes momentos destes surgem sem aviso, e foi o que me aconteceu. Dei por mim a partilhar com a estrada, muito boa conselheira em certos momentos, as desilusões de alguns episódios recentes da vida que fazem com que conheça cada vez melhor as pessoas e de como esse facto nos ensina a lidar com as mesmas, e á medida que os kilometros passavam ia matutando nesse assunto enquanto que no rádio passava uma música de título irónico "Please keep fighting", ri-me sozinho e comentei para mim mesmo num tom sarcástico " Lindo!". Como disse atrás, são estes pequenos momentos em que estou sozinho que me ajudam bastante a reflectir em assuntos dificeis como o citado em questão, e sei que esse facto vai-me poupar de tomar atitudes ou proferir palavras que não valem a pena, caem em saco-roto ou são interpretadas da forma oposta á qual se pretende que sejam percebidas e aí agradeço estes momentos de ouro em que dá para "arrumar o sótão", fazer limpeza e deitar fora coisas velhas que teimam em continuar arrumadas num canto. Esse assunto trouxe-me á memória episódios antigos, mas foram breves, tão breves que serviram apenas para me lembrar que existiram e que fazem parte do passado e estão prontos a ser esquecidos. Voltando ao assunto que me assaltou a mente desde á um tempo para cá, ganhou novo sentido na noite antes de forma inesperada mas a vida é mesmo assim, acontecem e dizem-nos as coisas sem esperarmos e ainda bem que é assim porque se esperassemos não tinha a menor piada, mesmo sendo uma coisa nada boa mas enfim. Entendo sempre estes acontecimentos espontâneos como lições e aprendizagens para quando temos a mania que já sabemos tudo sobre tudo e todos e mais uma vez agradeço o acontecimento desse facto. O efeito espelho causado pelo calor exterior no alcatrão surte uma função de "passagem no tempo" para reflectir momentos já ocorridos com essa pessoa e que não foram poucos mas também não foram muitos. Digamos que os poucos foram de certa forma intensos devido ao sentimento que existe, e por isso também de certa forma inesqueciveis. É certo que queria muitos mais mas devido a factores que me são alheios, tal não aconteceu e os que foram possiveis viver, foram aproveitados pelo menos da minha parte. Este rol de reflexões foi contínuo ao longo de muitos kilómetros interrompido apenas pelo passar da ponte Vasco da Gama e pela beleza e imponência envolvente do rio Tejo a desenbocar no oceano que cativa a atenção de quem por ele passa, mas se mais estrada houvesse em frente, certamente que continuaria nesta viagem, qual epopeia, pelos reflexos partilhados entre mim e essa estranha confidente que é a estrada. Vou esperar ansiosamente por outro domingo assim porque sem espécie de dúvida que valeu a pena e me orientou nos passos a seguir. Quem disse que as viagens só se fazem bem acompanhadas?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Que saudades desses tempos...

Neste fim-de-semana dei comigo a pensar em alguns episódios da minha adolescência.De acordo com os reguladores e burocratas de hoje,todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípios de 80, não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas, em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos. Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas "à prova de crianças", ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas. Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes. Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar á frente era um bónus. Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem. Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora. Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso. Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado aprendíamos. Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso. Não tínhamos PlayStation, X Box. Nada de 100 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema,telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet. Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos á rua. Jogávamos ao elástico e à barra e a bola até doía! Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal. Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados. Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé para a escola; Não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem. Criávamos jogos com paus e bolas. Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem.Eles estavam do lado da lei. Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas. Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo. Eu sou um dos que nasceu em 1980 ,sou mto feliz e passei uma infância e adolescência excelentes sem quaisqueres modernices.A maioria dos estudantes que estão hoje nas universidades nasceu depois desta era dos anos 80. Chamam-se jovens. Nunca ouviram "we are the world" e "uptown girl" conhecem de westlife e não de Billy Joel. Nunca ouviram falar de Rick Astley, Banarama ou Belinda Carlisle. Para eles sempre houve uma Alemanha e um Vietname. A SIDA sempre existiu. Os CD's sempre existiram. O Michael Jackson sempre foi branco. Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo fosse um dia um deus da dança. Acreditam que Missão impossível e Anjos de Charlie são filmes do ano passado. Não conseguem imaginar a vida sem computadores. Não acreditam que houve televisão a preto e branco. Ao relembrar apenas alguns episódios ou outros acontecimentos marcantes desses tempos, olho para os dias de hoje e vejo uma realidade completamente diferente com os jovens de hoje em dia. O que aconteçe nos dias de hoje é realmente triste. Digo triste porque com as dependências que os jovens hoje têm (Telemóvel, internet e televisão), não se apercebem que desse modo estão a perder uma infância/adolescência que podia ser vivida de uma forma mais intensiva. A culpa em parte não é deles mas sim do desenvolvimento, do progresso e talvez nós na idade deles também fariamos o mesmo e é aqui que me sinto um verdadeiro sortudo por ter nascido no ano de 1980 onde nada disto existia, e devido a esse facto vivi uns tempos de miudo que me vão prevalecer na memória para o resto da minha vida.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Obama - O Presidente desenrascado...

Olá. Nenhum canal televisivo se privou de exibir o episódio, e não estamos só a referir-nos às estações portuguesas. Nada disso. Por esse mundo fora muitas emissoras que transmitiram o breve, mas hilariante momento em que o Presidente Americano Barack Obama interrompe a entrevista que estava a conceder à CNBC (Consumer News and Business Channel) para matar uma irritante mosca que andava a zunir ao seu redor. O estilo descontraído de Obama mais uma vez veio ao de cima, não deixando dúvidas quanto à sua personalidade descontraída e informal, com espírito e gesto perfeitamente sincronizados. Como atrás referi, estava o Presidente dos EUA a conceder uma entrevista à CNBC, quando uma mosca resolveu dar um espectáculo aéreo junto do mesmo, e (como bem sabemos) com aquele ze..ze..ze..ze..ze..ze.. de fazer perder a paciência ao mais calmo. Isto junto da cara, do braço, ou das mãos. E foi esse o grande erro do insecto destemido: pousar na mão esquerda de Obama. O Presidente parou o seu raciocínio, fixou o alvo a abater e com a mão contrária... zás! Era uma vez uma mosca! O jornalista comentou: - logo à primeira! E Barack Obama retorquiu: - Nada mal, pois não! Posto isto levantou-se, puxou de um lenço, apanhou a mosca do chão, foi atirar tudo para um cesto de lixo e voltando ao lugar disse para o entrevistador: - Onde é que nós íamos?
Transportemos agora a cena para o nosso país e imaginemos que qualquer um dos variados políticos ou governante (do mais variado sortido que temos à escolha) se via confrontado com uma cena idêntica à que sucedeu a Obama. O que aconteceria? A personalidade em questão chamava de imediato a sua secretária e esta depois acorreria aos préstimos do chefe de gabinete. A questão seria apenas uma: descobrir se entre os milhares de formulários existentes na lei haveria algum que contemplasse a matéria, e com faculdade de, preenchendo-o devidamente, solicitar superiormente autorização para eliminar uma mosca que invadira território oficial! Aí (e no caso do documento existir) este seguiria a ordem normal. registar-se a saída e entrada do papel nos diversos departamentos onde receberia posteriormente despachos, assinaturas e carimbos. E só na posse dessa autorização a mosca estava tramada e com os dias contados. Só que entretanto ela já marchara para outras paragens.
Se a personalidade em foco e que a mosca tão irritava, não estivesse pelos ajustes e se marimbassse para as autorizações dando-lhe uma palmada e terminando com o episódio, arriscava-se a (pelo menos) duas acusações desagradáveis: acusação de não ter cumprido o que estaria establecido e previsto para o caso e ainda,por parte de associações protectoras de insectos, acusação de mal-tratar animais indefesos.
Finalmente neste século XXI surgiu Barack Obama a dar uma lição singular e de mestre, acerca do que é ser desenrascado. Um bem-haja para o Senhor Presidente, e por acaso o senhor não terá um familiar como você com raízes portuguesas para dar o exemplo como o senhor? Dava jeito... Vamos aguardar que começem a clonar humanos e pode ser que, com sorte, venha uma cópia fiel do destemido Presidente para comandar este barco á deriva que é o nosso país.