quinta-feira, 18 de junho de 2009

Uma mão cheia de nada...

Boas. O tema de hoje faz parte de uma musica de um cantor conhecido. Este tema leva-me a pensar em casos de pessoas que amam alguém e não podem ao mesmo tempo amar essa pessoa visto esse amor não ser correspondido ou simplesmente essa relação não ser possivel devido a maneiras de ser das duas pessoas, circulos de amigos, atitudes, educação, religião, etc. Ao fim de contas essa pessoa está cheia de muitas coisas boas para dar mas acaba por não ter nada. Apesar das várias divergências que enumerei atrás, e outras que não enumerei, ha situações onde acontece que essas duas pessoas tem algo em comum. Uma relação, chamemos-lhe assim. E dessa relação fazem parte as coisas boas e as coisas más obviamente. Momentos de carinho, ternura, atenção alegria, beijos, abraços, o toque á flor da pele são tudo momentos que nos fazem sentir vivos, mortais e que nos fazem esquecer os maus momentos que em certas relações são superiores em numero ás coisas positivas, e depois de muitos momentos maus basta um pequeno momento bom para esquecer tudo e voltar tudo ao mesmo. Ha também situações onde o amor pela outra pessoa é superior mais de um lado do que do outro, e mesmo que tenhamos muito para dar ficamos com as mãos vazias porque a outra pessoa talvez não queira receber ou não entende e aí não vale a pena e devemos guardar o que queremos oferecer, para quem queira receber de espirito e coração aberto. Depois de terminar qualquer relação fica-se sempre com uma sensação de saudade. Esse sentimento pode ser imediato como pode vir crescendo aos poucos e poucos, mas quando surgem certas musicas, datas, objectos, sítios ou nomes é inevitavel não surgirem saudades dessa outra pessoa e compreende-se porque apesar de muitas coisas más, as que ficam guardadas e se recordam com saudade são as coisas boas e agradáveis que passaram juntos e não ha ninguém que apague isso da memória, e aí percebe-se que apesar de todo o mal que a outra pessoa nos fez, no fundo ela amou-nos também. De uma maneira estranha, que cada pessoa tem a sua, mas amou. Cada vez que esta saudade surge, apetece deixar de raciocinar o correcto e voltar a correr para os braços da outra pessoa, mas não pode ser, é dificil mas tem que ser combatido porque senão a vida não continua e ficamos restringidos aquele vai-e-vem de sentimentos. Doi muito amar alguém que sabemos que não podemos ter, por si só essa situação já é uma penitência, mas se para voltar a ser feliz de novo tenho que cumprir essa pena, então assim o seja e esperarei pelo dia da minha saida desta prisão de sentimentos onde a pena infrigida é paga pelo coração.

4 comentários:

Patrícia disse...

Simplesmente brilhante*
Estou abismada...
Um texto em tudo muito semelhante àquele outro de que falámos. Mereces O prémio. Resta saber se estás preparado...

Inês Viana disse...

Sim, tudo passa, cada coisa a seu tempo, mas nada é imortal, e quando menos esperamos aparece alguem que nos merece e nos faz esquecer episodios menos bons que a outra pessoa nos fez viver e aí sim, arriscamos e voltamos a viver sem medos.
Porque a vida é feita de riscos e ha que arriscar, ninguem é igual e por mais que pensemos que mais ninguem nos vai fazer feliz, estamos enganados!

Beijos ;)

Tamia disse...

Gostei mesmo muito e identifico-me com o que escreveste.
Quem me dera sair da prisão e renascer com paixão e amor correspondida.
Quem me dera voltar a VIVER...

GreenEyedGirlTC disse...

Vivemos inclausurados e limitados pelos sentimentos... Amizade, afeição e amor... Sentimentos tão distintos e tão nobes.... Gostamos... Porquê? Como? Complicado explicar... Simplesmente sentimos. Quanto mais gostamos, maior a "facilidade" de cometer atrocidades perante o sentir do nosso semelhante...

"Esquece-me de ti....Existo unicamente o Eu neste momento!"

A verdade é que somos demasiadamente egoistas... Não podemos eliminar o ontem... Magoamos, mas se... os sentimentos forem verdadeiros, há sempre forma de resolver as situações... Se tal não acontece... Bem.... Simplesmente nao interessa, há algo mais para o amanha....


Beijo enorme