domingo, 7 de junho de 2009

Vamos dar-nos a quem precisa...



Boas. Vou escrever um pouco sobre uma atitude que nos dia de hoje é escassa ou mesmo rara mas que devia ser abundante especialmente nos jovens. A ajuda a quem precisa. Hoje durante a tarde ao ir animar musicalmente a Eucaristia das pessoas doentes na Igreja que frequento assiduamente todos os sábados á tarde, nos Álamos, deparei com um vasto grupo de idosos presentes nessa mesma Eucaristia. Dentro desse grupo reparei que a idade média das pessoas é bastante elvada e que ,devido á avançada idade, padeçem de dores ou doenças bastante dificeis de suportar. Ao olhar para um grupo de idosos que manifestou vontade em receber o sacramento da Unção em frente do altar, reparei na dificuldade com que alguns se movimentavam e até quando estavam parados tremiam como se de frio sentissem. Isto tudo ficou-me gravado na memória e com isso não deixei de me sentir triste por eles e por todo o sofrimento que estes "menos jovens" passam todos os dias, muitos deles sem terem um acompanhamento digno para passarem esta ultima fase da sua vida com toda a dignidade que mereçem. Imaginem-se no lugar dessas pessoas, sofrendo e não tendo ajuda de nenhuma parte nem de ninguém. É bastante triste não é? Ninguém se quer imaginar numa situação assim mas nesse sentido foi bastante curioso um comentário de uma das responsáveis por esta tarde de partilha dos jovens com os menos-jovens me dirigiu: "Ainda ontem eu era uma jovem da vossa idade, juntamente com o meu marido, e hoje já estamos com esta idade e nem demos pelo tempo passar". Pois é caros amigos(as), esta afirmação reveste-se de enorme sentimento e com esta "mensagem" tentam-nos dizer para aproveitar-mos a vida correctamente porque, sem nos apercebermos, ela é bastante curta. Nesta tarde e depois da Eucaristia, eu e mais alguns elementos do Agrupamento a que pertenço, continuamos a animação musical numa sala destinada a um lanche partilhado por parte dos participantes na Eucaristia, e durante esse repasto, todos em conjunto, cantamos musicas bem antigas do tempo de jovens e que valeu bem a pena recordar, e prova disso mesmo eram os sorrisos e a alegria espelhados naquelas caras enrugadas pelo trabalho ao longo da vida e do passar dos anos. Simplesmente com a participação na Eucaristia com estas pessoas e também no convívio durante o lanche, sinto que dei um pouco de mim em prol da felicidade de pessoas que padeçem de atenção, alegria e essencialmente de saúde. Mas penso que a felicidade é pedra basilar no bem-estar de toda a gente, e esse sentimento, ao contrário da saúde, podemos dá-lo e partilha-lo facilmente com quem precisa. Era muito bom que fosse tão facil partilhar a saúde como partilhamos alegria. Fica aqui o apêlo para nós jovens nos darmos a quem precisa, porque hoje são eles que precisam de nós mas amanhã somos nós que estamos no lugar deles e de certeza que iremos gostar de um gesto de afecto por parte dos mais jovens. Sabe bem dar-nos a quem precisa, a sério, tentem e verão...

2 comentários:

Inês Viana disse...

Curioso, hoje como sabes estive eu nas mesas de voto da minha freguesia e fiquei numa mesa onde iam pessoas mais velhas, incluindo idosos que se custavam a mexer, e também tive o mesmo pensamento, que o tempo passa a correr e quando menos esperamos estamos como eles. Foi lá um casal em que o senhor tinha alzheimer e a senhora já não ouvia bem.
Quando vou visitar os meus avós vejo como eles ficam contentes quando os vamos ver, como não vivo na mesma cidade e aldeia que eles, não os posso ver tantas vezes como gostava, mas quando posso vou lá, sabe bem saber que eles se sentem muito felizes por nos terem lá. São estes simples gestos que a nós não nos custam nada, que podem mudar muito a vida deles, principalmente agora que eles sentem que cada vez está mais no final.

Beijocas :)**

Patrícia disse...

Fico muito contente que tenha sido este os tema de hoje. Como sabes eu trabalho com idosos e cada vez mais me apercebo como é triste vê-los serem postos de parte por todos, principalmente por aqueles que criaram e ajudaram a criar... ainda por cima quando é preciso tão pouco para os fazer felizes, tão pouco mesmo...

bjinhos.